14 destinos que promovem o turismo sustentável

Um dos maiores poderes que a gente tem,
como consumidores, é decidir onde a gente vai gastar nosso dinheiro.
Quando o assunto é viagem, escolher empresas que promovam o
desenvolvimento e a preservação dos destinos, apoiar iniciativas e
comércio locais e escolher atividades sustentáveis são algumas ações que
fazem da sua viagem mais consciente e ética.
Outra forma de ser legal na hora de
planejar as férias é dar preferência a destinos que se preocupam com o
turismo sustentável, com as comunidades locais, com a eliminação da
pobreza e com o bem-estar humano e animal. Veja agora uma lista de
lugares incríveis para visitar sem dor na consciência.
1. Huilo Huilo, Chile

Foto: Divulgação
Ainda desconhecido dos brasileiros, esse
destino chileno a meio caminho da Patagônia é um bom exemplo de como a
natureza e as comunidades podem viver em paz com a exploração turística.
A reserva biológica de Huilo Huilo é toda pensada para proporcionar uma
experiência ética e sustentável para os viajantes: os hotéis foram
construídos com princípios eco-friendly e de uma forma que fossem
integrados à paisagem local.
As mulheres da comunidade foram
empregadas para fazer as almofadas, travesseiros e peças de artesanato
que são usadas na decoração dos hotéis. Os guias também são locais e
recebem cursos de capacitação em turismo e de inglês, para que possam
receber melhor os estrangeiros.
A Fundación Huilo Huilo tem inúmeros projetos
de preservação, desenvolvimento, cultura e educação que ajudaram o
destino a conquistar, em 2012, o título de Melhor Destino Turístico
Sustentável do Mundo, da Virgin Holidays Responsible Tourism Awards.
2. Bonito

Foto: Divulgação
Bonito foi um dos dois destinos brasileiros a serem listados no Top 100 Global Sustainable Destinations em
2014. Famoso pela beleza natural e pelas atividades de eco-turismo, o
destino desenvolveu um sistema único de controle do número de
pessoas que visitam as atrações. Cada viajante ganha um voucher
eletrônico que informa os lugares que ele pretende visitar. Assim, fica
mais fácil fazer o planejamento e minimizar os impactos que as multidões
podem levar para os paraísos naturais.
3. Fernando de Noronha

Foto: CC BY 2.0)
(
Com um rígido controle no número de
turistas que visitam a ilha e iniciativas que visam reduzir a emissão de
carbono, usar material reciclado em construções e envolvimento da
comunidade local nos projetos, Fernando de Noronha também é um ótimo
destino para quem se importa com sustentabilidade e ética na indústria
do turismo. O arquipélago foi o segundo destino brasileiro a alcançar o Top 100 Global Sustainable Destinations no ano passado.
4. Delta do Okavango, Botsuana

Um dos poucos deltas do mundo que não
desagua no mar, a região é formada por um pantanal quase intocado e
de riqueza natural inestimável. O Delta do Okavango é casa para algumas
das espécies de mamíferos mais ameaçadas do mundo, como a chita, os
rinocerontes branco e negro, o cachorro selvagem africano e leões.
Declarado Patrimônio Mundial da Unesco, o lugar é uma importante área de
preservação ambiental no continente africano.
5. Dominica

Foto: Hans Hillewaert (CC BY-SA 3.0)
O projeto de redução do consumo de
energia no setor de negócios, melhorias nas métricas que medem a
liberdade no trabalho, controle de gastos do governo e os programas de
preservação da vida selvagem garantiram a Dominica um lugar na lista dos
10 melhores destinos éticos de 2015, da ONG Ethical Traveler.
6. Cabo Verde

Cabo Verde aposta em estabelecer uma
ligação forte entre desenvolvimento, redução da pobreza e crescimento
econômico, além de fortalecer áreas como a agricultura e a pesca. O país
ainda tem taxas impressionantes de presença feminina na política e
conquistou o segundo maior ranking da África na avaliação do Heritage
Foundation’s sobre liberdade econômica. É por esses motivos que o país
também apareceu na lista dos 10 melhores destinos éticos de 2015, da ONG Ethical Traveler.
7. Lituânia

A legislação de proteção animal da
Lituânia, que entrou em vigor nos últimos anos, está entre as mais
avançadas da Europa. Recentemente, o país estabeleceu também regras mais
rígidas e cotas para a caça, juntamente com um plano de proteção dos
lobos que visa proteger a espécie no país. Além disso, essa pequena irmã
báltica tem a meta de tirar 23% de sua energia de fontes renováveis até
2020. Atualmente, o percentual está em 22%, muito a frente da
programação original.
8. Chitwan National Park, Nepal

Patrimônio da Humanidade, essa reserva
nepalesa protege 932 quilômetros quadrados de florestas, pântanos e
pastagens. É considerada um dos melhores lugares para observar a vida
selvagem na Ásia, já que, dentro dos seus limites, vivem diversas
espécies de macacos, rinocerontes, elefantes, leopardos, preguiças,
cervos e quase 550 tipos de pássaros. Mas a estrela dessa floresta é,
sem dúvida, o raro tigre de bengala.
Durante a insurgência Maoísta – quando
rebeldes reivindicavam um estado comunista no Nepal e em partes da Índia
– as espécies do Chitwan foram neglicenciadas pelas autoridades e
sofreram muitas baixas. No entanto, levantamentos recentes já mostram um
aumento na população de rinocerontes e tigres, fruto da nova era de
preservação que vive o parque.
9. Etosha National Park, Namíbia

O Etosha National Park é um exemplo de
como preservação ambiental e desenvolvimento de comunidades devem andar
juntos. Ali, a administração da reserva trabalha com as fazendas e
comunidades adjacentes para maximizar o potencial turístico e a geração
de riqueza na região, empoderando as pessoas que vivem no entorno do
parque e garantindo que elas também sejam beneficiadas pela atividade
turística.
10. Can Gio Mangrove Forest, Vietnã

Essa reserva abrange 40 hectares de
manguezais naturais e plantados em áreas destruídas pela guerra. É casa
para mais de 50 tipos de mangues, 200 espécies de animais, centenas de
peixes, caranguejos e camarões e 40 espécies de aves. Hoje, ela é
considerada o pulmão de Ho Chi Minh, a maior cidade industrial do país.
Lá dentro vivem algumas famílias que fazem pesca e aquacultura para
subsistência, além de produzirem artesanato para venda. O principal
apelo turístico da região é o ecoturismo.
11. Periyar Tiger Reserve, Índia

Importante local de preservação dos
tigres e de seu habitat natural, a Periyar Tiger Reserve pretende dobrar
o número de tigres até 2022. Para isso, eles possuem projetos de
conscientização e envolvimento das comunidades próximas nas ações e os
ajudam a lidar com problemas de interação entre humanos e bichos.
12. Ilhas Maurício

Com uma flora riquíssima, que envolve
650 espécies de plantas, 300 delas endêmicas, Maurício entrou em uma
campanha para plantar mais 200 mil árvores em 2014. O país também
estabeleceu áreas de pesca proibida e parques marinhos, e envolveu a
comunidade na preservação dos corais.
13. Ilha de Páscoa, Chile

Isolada no meio do Oceano Pacífico, a
Ilha de Páscoa é uma metáfora para o mundo: a sociedade que vivia ali
era rica e teve seus momentos de glória. Porém, com o crescimento
exagerado da população e o uso irracional dos recursos naturais, caiu em
decadência e passou por períodos de fome e guerras até ser praticamente
extinta.
Considerado um dos maiores desastres
ambientais do planeta, o colapso da ilha tem muito a ver com as enormes
estátuas que a fazem famosa hoje em dia. É que os líderes dos clãs
queriam construir estátuas cada vez maiores para mostrar sua riqueza e
poder. Só que, para fazer estátuas tão grandes, um número
extraordinário de recursos era consumido: madeira, muitos braços
humanos, alimento para quem trabalhava no processo e cordas que eram
feitas com fibra das árvores.
A ilha, que antes era florestada com
palmeiras enormes e outras plantas endêmicas, perdeu quase toda a
vegetação nativa, viu o solo empobrecer e a agricultura minguar. Hoje, o
Chile pretende reflorestar o lugar com a única espécie de planta nativa
que não caiu em extinção, mas o projeto vai demorar anos para ser
concluído. Rapa Nui, nome nativo da ilha, nos deixou uma triste lição
que a gente se recusa a aprender.
14. Sierra Gorda, México

Foto: Emma (CC BY-SA 2.0)
A reserva biológica de Sierra Gorda, no
México, é uma área de preservação riquíssima em diversidade – a mais
rica do país -, mas também altamente ameaçada. Para ajudar a proteger a
região, o Grupo Ecológico Sierra Gorda IAP fundou um sistema de venda de
crédito de carbono para pequenos agricultores locais, que, com isso,
ajudam a fazer pequenos reflorestamentos nas montanhas, vales e cânions
do complexo. As áreas reflorestadas podem ser tão pequenas quanto meio
hectare, mas é aos poucos que se chega lá: estima-se que, até 2013, mais
de 300 hectares foram reflorestados.
Créditos: http://thegreenestpost.com
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